Pai preso após mãe acordar para amamentar e descobrir bebê morto: veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso
22/07/2025
(Foto: Reprodução) Pai suspeito de matar bebê no Pr tem histórico de agressões contra outras duas crianças
Um homem de 37 anos foi preso no sábado (19) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, suspeito de matar o próprio filho, um bebê de dois meses de idade.
Segundo a Polícia Civil (PC-PR), a prisão aconteceu após a mãe da criança acordar durante a madrugada para amamentar e encontrar o bebê morto, com sinais de agressão.
O suspeito está preso preventivamente e deve ser ouvido novamente nesta quarta-feira (23) pela PC-PR, que está investigando o caso.
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Os nomes dos envolvidos não foram revelados. A Polícia Civil ressalta que não pode repassar a identidade de pessoas presas e/ou investigadas devido à lei de abuso de autoridade.
O g1 tenta identificar a defesa do suspeito.
Veja, abaixo, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:
Como a mãe descobriu o caso?
Como o homem foi preso?
O que aconteceu com o bebê?
O que aconteceu com o pai?
O pai possui histórico criminal?
O que falta esclarecer sobre o caso?
Caso está sendo investigado pela Polícia Civil
Polícia Civil
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1. Como a mãe descobriu o caso?
De acordo com o relatório divulgado pela Guarda Civil Municipal (GCM), a mãe, de 32 anos, chegou em casa do trabalho por volta das 23h de sexta-feira (18). O suspeito disse a ela que tinha alimentado a criança e, por isso, deveria deixá-la dormindo.
Às 3h da madrugada de sábado (19), a mulher acordou para amamentar e foi até o carrinho - momento em que percebeu que o menino estava com a pele fria e um ferimento no olho.
Ela, então, pediu o telefone do companheiro para ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi agredida. O homem é suspeito de esfaquear a perna da mulher.
2. Como o homem foi preso?
Segundo a GCM, após ser esfaqueada, a mãe voltou para cama e fingiu estar desacordada até que o homem estivesse dormindo.
Em seguida, pegou o filho nos braços, pulou o muro e foi até a base da Guarda para buscar ajuda.
Segundo o relatório, o homem foi encontrado e preso em flagrante pelos guardas dentro do quarto da casa. Depois de dizer que não sabia o que tinha acontecido, ele falou que o bebê havia engasgado às 18h de sexta-feira e que não chamou o socorro médico por "não saber o que relatar".
3. O que aconteceu com o bebê?
O delegado da Polícia Civil (PC-PR) Juarez Mendes de Sousa Filho informou à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que o menino tinha sinais de trauma na cabeça.
Em nota enviada ao g1, a polícia afirmou que solicitou exames periciais para verificar a causa da morte do bebê.
4. O que aconteceu com o pai?
O pai da vítima foi preso em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado e lesão corporal no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.
5. O pai possui histórico criminal?
O homem suspeito de matar o próprio filho é investigado por outros dois casos de violência contra crianças e também por agredir a esposa grávida, segundo a Polícia Civil.
Segundo o delegado Luiz Gustavo Timossi, em 2021 um boletim de ocorrência foi registrado contra o suspeito depois de ele agredir o enteado, de dois meses de idade, que teve uma fratura no fêmur.
Além disso, ele também é suspeito de agredir uma criança de três anos com um tapa no rosto, em 2016.
Em janeiro deste ano, outro boletim de ocorrência foi registrado contra ele por agredir a esposa que estava grávida do menino que morreu no sábado.
"O homem tinha histórico em anos anteriores por agredir uma outra criança, de dois meses, no ano de 2021, quando acabou ocasionando uma fratura nesta criança que era seu enteado. E também uma ocorrência mais antiga que ele agrediu uma criança com um tapa no rosto", afirmou o delegado.
6. O que falta esclarecer sobre o caso?
A Polícia Civil aguarda o resultado do exame de necrópsia para descobrir o que causou a morte do bebê.
Caso seja confirmado que foi um crime, falta esclarecer qual foi o motivo do assassinato, se alguma outra pessoa teve envolvimento e, também, se a criança já sofria maus-tratos.
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